domingo, 13 de novembro de 2011

Juazeiro - Força e Fé também na Política

Por: Yago Matheus e Enemir Moreira

Na iminência do centenário de Juazeiro, é viável de que retomemos os fatos políticos, marcantes na nossa história, a fim de que a juventude atual possa compreender os processos norteadores dos nossos rumos políticos.


Tudo teve início quando o então povoado de Tabuleiro Grande começou a denotar um desenvolvimento econômico superior a Sede (Crato). A partir daí, começaram os anseios pela nossa emancipação política, protagonizados pela nossa população local e materializados com a coalizão entre forças políticas (Padre Cícero e Floro Bartolomeu principalmente), os romeiros e o povo humilde do então povoado. Culminando com a nossa emancipação no dia 22 de julho de 1911 a escolha do Padre Cícero como nosso primeiro prefeito.
Outro fato relevante da nossa história política foi a "Revolta do Juazeiro" em 1913, um movimento que teve alicerce na situação da política interna brasileira, marcada pela disputa das oligarquias pelo poder.
O saldo da questão foi a renúncia forçada de Franco Rabelo, a retomada do poder da família Accioly e a restituição do Padre Cícero à vida política.
Logo surgiu a "Política das Salvações" com o presidente Hermes da Fonseca (de caráter altamente intervencionista) refletiu-se no Ceará com a deposição do então governador Nogueira Accioly, representantes das oligarquias dominantes no nosso estado. 
Porém, o estopim da questão deu-se quando o novo governador, o coronel Franco Rabelo, também representante dos grupos intervencionistas, demitiu o prefeito de Juazeiro, o Padre Cícero. As forças contrárias concentravam de um lado, Franco Rabelo e as tropas legalistas; E de outro, as tropas de jagunços e Floro Bartolomeu, apoiados pelo Padre Cícero e pelos coronéis da região. Em 9 de dezembro de 1913, iniciou-se o movimento armado, quando os jagunços invadiram o Quartel das Forças Públicas, a fim de conseguir armas. Posteriormente a população local construiu uma grande vala que serviu como empecilhos para as forças adversárias que, após três tentativas frustradas, viram os romeiros expulsar as tropas, invadir e saquear as cidades vizinhas.


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